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O Impacto das Emissões de Carbono na Construção Civil

O Impacto das Emissões de Carbono na Construção Civil FastBuilt

Um ranking mundial elaborado e divulgado pela Green Building Council Brasil (CBC) mostrou que o Brasil é um dos países com mais obras sustentáveis no mundo, estando atrás de nações como China, Emirados Árabes e Estados Unidos. Apesar disso, Só em 2019, o setor de construção foi responsável por quase 40% das emissões de carbono globais. Desta forma, o setor é um dos que possui maior perspectiva de redução da pegada de carbono.

A construção civil é um dos segmentos que mais afeta o meio ambiente: o Conselho Internacional da Construção (CIB) apontou em um estudo que mais de um terço dos recursos naturais utilizados no Brasil vai para a indústria da construção e 50% da energia gerada abastece a operação das edificações. O setor ainda é um dos que mais produzem resíduos sólidos, líquidos e gasosos, responsável por mais de 50% dos entulhos, entre construções e demolições.

Mas qual é o impacto das emissões de carbono na construção civil e o que pode ser feito para mudar esta realidade? Acompanhe no artigo a seguir que preparamos para você entender mais sobre o assunto.

 

O que são as emissões de carbono?

Emissão de carbono é uma expressão que se refere ao lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera. O principal deles é o dióxido de carbono (CO2), também conhecido como gás carbônico. Outras substâncias dispensadas no meio ambiente são tão ou mais prejudiciais: óxido nitroso (N2O), hexafluoreto de enxofre (SF6) e metano (CH4).

  • CO2 – Dióxido de Carbono: queima de combustíveis fósseis, desmatamentos e queimadas, transporte;
  • N2O – Óxido Nitroso: combustão em carros, manutenção de solos agrícolas;
  • SF6 – hexafluoreto de enxofre: equipamentos de eletricidade e energia;
  • CH4 – Metano: agricultura, aterros sanitários e lixões.

 

Estes elementos são responsáveis por tornar o planeta mais quente, já que atuam retendo parte da radiação solar que chega ao planeta. Por isso o nome “efeito estufa”. O fenômeno é natural e esperado, já que esses gases são produzidos também por animais e plantas. 

O problema é o aumento exacerbado do volume de emissões, provocado pela interferência do ser humano no meio ambiente. Portanto, o aumento da temperatura da Terra tem se tornado preocupante.

 

Emissão de carbono na Construção Civil

As emissões de carbono acontecem, principalmente, em dois momentos na construção: na edificação de um empreendimento e ao longo dos anos de uso.

O momento em que se inicia a construção de um prédio ou casa é quando acontece a maior parte da emissão.

A origem dos componentes de uma obra é um dos pontos críticos quando se considera a pegada de carbono. A indústria do aço, por exemplo, produz mais de 30% das emissões, ao longo que o cimento gera 20% das emissões totais.

O próprio processo construtivo, especialmente o mais tradicional, tem um impacto muito grande na natureza. Há alterações no solo, geração de grande quantidade de resíduos e o transporte de materiais ao canteiro, além do uso de equipamentos emissores de poluentes.

O Relatório de Situação Global 2020 para Edifícios e Construção, da Aliança Global para Edifícios e Construção, mostrou que as emissões de CO2 relacionadas à energia subiram para 9,95 GtCO2 em 2019. A utilização direta de carvão, petróleo e biomassa tradicional vem sendo substituída pela eletricidade, que tem maior teor de carbono. 

Energia Renovável FastBuilt - Blog 

Como diminuir os impactos

Pesquisas tecnológicas na construção civil também servem para buscar maneiras de evoluir os processos, tornando-os mais eficientes e melhores para a sociedade. Atualmente diversos sistemas de reutilização de água e materiais, por exemplo, já estão disponíveis e são introduzidos em muitos canteiros de obras.

Algumas formas de garantir a diminuição destes impactos incluem o investimento em energia renovável, como placas de energia solar, por exemplo. Também é necessário contar com um plano consistente de produção sustentável e pensar na possibilidade de criação de veículos de carga elétricos.

 

Considerando alternativas

Pensar em diferentes materiais e formas construtivas também é uma estratégia interessante e algumas empresas já vêm aderindo. Como é o caso do “hempcrete”. A fibra do cânhamo, parte não psicoativa da planta de cannabis, é usada há anos para fazer cordas, bioplásticos e outros materiais, por causa de sua força e rápido crescimento. Ele tem se tornado uma opção viável para a utilização em elementos de construção pelas semelhanças com a madeira.

De qualquer forma, é preciso pensar em estratégias ainda na etapa de idealização das obras, já adicionando soluções de projeto mais sustentáveis. É necessário, portanto, a escolha de materiais com menor impacto ambiental ao longo de seu ciclo de vida, ou que possibilitem a reutilização ou reciclagem dos resíduos nas obras.

Outras opções interessantes seriam priorizar fornecedores das proximidades do local da obra, utilizar sistemas construtivos industrializados, buscar certificações ambientais e instalar mecanismos para compensação das emissões. 

Isso pode se dar, por exemplo, por meio do emprego de fontes de energias renováveis ou pelo estímulo à fixação do CO₂ via plantio de vegetação nativa.

Podemos recomendar a automação dos processos burocráticos e informativos das construção civil para promover a sustentabilidade de forma indireta. Como a plataforma da FastBuilt, por exemplo. Com informações na palma da mão, através de aplicativo de celular, não há necessidade de impressão de documentos como plantas do prédio, manual do proprietário ou fotos.

Além disso, contando com uma assistente virtual, pode-se reduzir o número de chamados, evitando o deslocamento de uma equipe de reparos até o local em muitos casos. Assim, parte da emissão de gases é poupada.

 

Cenário da sustentabilidade no Brasil

Em 2021 o Brasil se comprometeu a colaborar com uma meta mundial de redução de 30% nas emissões de gás metano até 2030. Porém o cenário atual é de uma possível alta de 7% nas emissões desse gás, a segunda substância que mais contribui com o aquecimento do planeta e é proveniente, principalmente, da agropecuária.

Os dados são de uma análise divulgada pelo Observatório do Clima utilizando informações do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg). Uma série de medidas já disponíveis no país, se adotadas hoje, amplamente, levariam a uma redução de 36% dos danos.

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