Armazenamento e consumo inteligente de energia: o futuro dos empreendimentos
- Thiago Schwaemmle
- 9 de abr.
- 3 min de leitura

A evolução da construção civil passa por uma transição de consumo que já começou: a ascensão de dispositivos elétricos de mobilidade, moradias com instalações ligadas à inteligência artificial e tantas outras novidades impactam a forma como o armazenamento e consumo de energia precisam ser projetados.
Atualmente, novos empreendimentos já precisam estar conectados com o futuro, levando em consideração a transição energética e novos modelos de armazenagem. Veja, neste post, os principais fatores que devem ser considerados quando o assunto é energia nos prédios.
Energia como diferencial de valorização imobiliária
No Brasil, novos modelos de consumo energético estão ganhando força e abrindo oportunidades para as construtoras. Além da geração solar fotovoltaica, que já é uma realidade em diversos empreendimentos, há a opção de contratação através do mercado livre de energia. Sistemas de geração própria em empreendimentos de maior porte, além do uso de soluções de armazenamento e geradores fazem a diferença nas infraestruturas.
Essas soluções, além de trazerem praticidade, agregam valor aos imóveis, tornando-se um diferencial no mercado imobiliário. Um edifício capaz de gerar parte ou toda a sua energia oferece redução de custos para os moradores, segurança energética em caso de falhas na rede e um apelo sustentável que está cada vez mais valorizado por compradores e investidores.
Empreendimentos que contam com armazenadores de energia (baterias integradas ao sistema do prédio) têm ainda mais autonomia, conseguindo acumular a energia gerada durante o dia para ser usada à noite, justamente nos momentos de maior demanda. Isso cria um ciclo de consumo mais inteligente e menos dependente do sistema elétrico tradicional.
Infraestrutura para veículos elétricos: o novo padrão das garagens
Com a popularização dos veículos movidos à energia elétrica, surge também uma nova demanda nas construções residenciais: infraestrutura de carregamento nas garagens. Mais do que oferecer pontos de recarga, as construtoras precisam pensar na medição individual de consumo por unidade, garantindo justiça na cobrança e evitando sobrecarga na rede interna do condomínio.
A adoção dessa infraestrutura que permite a medição individual ou integrada à unidade de moradia referente à vaga de garagem é um diferencial estratégico. Ela evita reformas futuras, valoriza o imóvel e responde diretamente a um público que cresce a cada ano – o de consumidores que optam por veículos elétricos e buscam imóveis prontos para essa nova realidade. Além disso, essa estrutura exige um cuidado a mais no planejamento da rede elétrica, para evitar sobrecarga na rede.
O papel das construtoras na transição energética
As construtoras, portanto, têm nas mãos a oportunidade de liderar uma nova etapa da transição energética urbana. Incorporar tecnologias de geração, armazenamento e gestão de energia desde o projeto dos empreendimentos é uma estratégia que vai além da sustentabilidade: é uma resposta inteligente às novas exigências do mercado e à evolução do perfil dos moradores.
É importante ressaltar que não basta apenas pensar na estrutura para armazenamento e distribuição, mas em soluções de consumo inteligente de energia. Em condomínios residenciais, por exemplo, os picos de uso acontecem à noite, quando moradores retornam do trabalho, utilizam eletrodomésticos e, cada vez mais, recarregam seus veículos elétricos.
Nesse cenário, um sistema de armazenamento de energia, aliado às tecnologias de gestão energética inteligente, permite equilibrar oferta e demanda de forma mais eficiente. Isso significa usar a energia solar captada durante o dia, por exemplo, para alimentar as unidades residenciais nos horários de pico, aliviando a pressão sobre a rede elétrica.
Elevadores projetados para se movimentarem entre os andares que possuem maior demanda em determinados horários, ativação automática de luzes, distribuição de energia armazenada durante o pico de consumo, evitando sobrecarga de rede são alguns exemplos de eficiência energética na prática.
Na FastBuilt, acompanhamos de perto essas transformações. Sabemos que o futuro da construção está na integração entre tecnologia, eficiência e sustentabilidade. Por isso, olhamos para inovações, como as soluções de eficiência energética, não como uma possibilidade distante, mas como uma tendência que em breve fará parte da realidade de obras no Brasil e no mundo.
E você, está pronto para construir esse futuro?


