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Smart cities: o futuro está mais presente

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*Por Jean Ferrari, engenheiro, CEO e fundador da FastBuilt, startup que desenvolve soluções tecnológicas para a gestão pós-obra e relacionamento com o cliente na construção civil

 

Smart Cities: o futuro está mais presente

Quando falamos em cidades inteligentes muitas pessoas ainda têm e ideia errada de que nos referimos a um futuro distante. Carros voadores e toda a ficção científica apresentada nos filmes dos anos 1990 costumam vir à mente neste momento.

Mas o fato é que o conceito de smart cities, já começa a sair do papel em muitos lugares e com algumas iniciativas o futuro mais presente.

Basicamente, a ideia de cidade inteligente não está ligada a tecnologias futurísticas, mas a inovações da nossa rotina, adequações e adaptações para tornar os ambientes mais sustentáveis, com boa mobilidade e criatividade.

Um exemplo muito simples que pode tornar este conceito entendível dentro da nossa vivência atual é a popularização dos já famosos patinetes elétricos. Eles chegaram ao Brasil através de iniciativas de startups, que os alugam em grandes centros através de um modelo flexível e prático de utilização. Aos poucos, começaram a ganhar volume em lojas de bikes e de produtos tech e hoje fazem parte da rotina de muitos profissionais que buscam uma alternativa sustentável e prática para se locomoverem dentro da cidade.

Os patinetes e scooters são apontados, inclusive, como uma tendência dentro do conceito de smart cities e uma alternativa cada vez mais viável para a substituição dos automóveis tradicionais e diminuição do trânsito.

Para que esta e outras iniciativas tornem as cidades mais sustentáveis, no sentido de que comportem o crescimento e proporcionem melhor qualidade de vida para as pessoas e com o futuro mais presente, muitos estudiosos apontam quatro frentes para a criação de smart cities. A primeira fase destaca a aplicação de tecnologias aos serviços urbanos, onde o governo municipal atua com apoio de inovações para resolver problemas do cotidiano. Na segunda fase estaria a expansão da infraestrutura introduzida, com a integração tecnológica para facilitar o dia a dia das pessoas.

Em seguida viria a fase do funcionamento interoperável, onde nós, cidadãos deste espaço, junto às empresas, utilizaríamos as inovações para tornar a rotina mais prática. Por fim, chegaríamos à fase inteligente, com uma atuação urbana em tempo real, onde as inovações aplicadas permitiram melhorias constantes e análises preditivas para otimizar recursos e rotina.

Ou seja: o conceito de smart cities acontece em diversas frentes, mas é no nosso dia a dia, com pequenas inovações constantes que ele se constrói. As aplicações simples e práticas, que mudam a forma como acessamos informações sobre nossos imóveis, desenvolvemos nossa locomoção pela cidade e a maneira como criamos rotinas para preservar o meio ambientes e reduzir os impactos – ambientais, de ruídos, de stress do dia a dia – constroem na prática, as cidades inteligentes.

Entre as iniciativas já existentes no Brasil, podemos citar o projeto Brasil 2030: Cidades Inteligentes e Humanas, que visa a transformação e o desenvolvimento das cidades, criando ecossistemas de inovação. Mais de 350 cidades e seus dirigentes fazem parte do movimento, em que discutem as inovações diárias e viáveis para transformar os ambientes.

Outro exemplo do que vivenciamos atualmente e que tem impactado positivamente o conceito de smart cities é o crescimento do modelo remoto de trabalho para ter o futuro mais presente. Acelerado pela pandemia, o home office ganhou uma força descomunal na rotina das empresas brasileiras e um modelo híbrido de atuação, que intercala a presença nos escritórios com dias de atuação em casa já é apontado como tendência.

Diante dessa mudança de estilo de vida, reduziu-se também a movimentação pelas cidades, o que forçará os bairros a buscarem autossutentabilidade, com o desenvolvimento de iniciativas de consumo local, menos necessidade de locomoção e busca por estruturas de lazer e de segurança em todos os espaços da cidade. Com este movimento, os grandes centros passam por uma incrível alteração e ganham destaque as tecnologias desenvolvidas para que as casas sejam mais aconchegantes e os bairros com estrutura mais humanizada e eficiente.

Vivemos, sem dúvidas, um momento de transformação exponencial. Mas é possível, com iniciativas práticas e inovações do presente, tornar as cidades mais inteligentes, as moradias mais eficientes e a rotina mais prática. Com aplicações móveis, informações compartilhadas com segurança, acesso facilitado e um relacionamento transparente entre cidadãos, empresas e poder público, tornaremos o hoje o nosso futuro tão desejado. As smart cities já estão chegando. Cabe a cada um de nós abraçar este momento e contribuir para uma nova era, um novo formato de viver e conviver. 

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